Depois que o último filho saiu de casa, Marta e Geraldo decidiram limpar o velho armário da garagem. Entre ferramentas e fotos antigas, encontraram uma caixa de sapatos amarelada pelo tempo.
Dentro, havia uma carta dobrada, escrita à mão. A data? 1987.
A assinatura? “Maria” — a babá que sumiu da noite para o dia, há mais de 30 anos.
A carta dizia:
“Eu precisei fugir porque o que vi naquela noite me assombra até hoje. O caçula de vocês… ele não é filho do Geraldo. Me perdoem, mas não podia ficar em silêncio vendo o que acontecia naquela casa.”
Marta ficou paralisada. Geraldo, em choque.
Eles refizeram os passos. Descobriram que, naquela época, ela teve um breve affair com um amigo de infância… e ficou grávida. Mas o DNA nunca foi questionado.
A carta era verdadeira.
O filho caçula — agora com 35 anos — era fruto de uma história esquecida. Mas ele soube perdoar.
Hoje, eles continuam juntos. Mas a caixa na garagem virou símbolo de algo que ninguém esperava:
a verdade sempre encontra um jeito de aparecer.