Proprietária de cão intransigente transformou o aeroporto num inferno para todos – ela mereceu o que eu fiz no portão

Ela deixou seu cachorro fazer suas necessidades no chão, colocou música alta e gritou com os funcionários como se o aeroporto fosse seu reino. Quando chegamos ao portão, todos estavam exaustos, então sentei-me ao lado dela com um sorriso e dei-lhe um motivo para finalmente se afastar.

O aeroporto JFK estava lotado. Atrasos, filas longas, viajantes irritados. O de sempre. Então veio a voz. Alta, aguda e impossível de ignorar.

Pessoas em um aeroporto | Fonte: Pexels

“Sim, sim, eu disse a ela que não faria isso. Não é meu trabalho. Não me importo se ela chorar.”

Todos se viraram. Uma mulher de casaco vermelho estava perto da loja Hudson News, segurando o celular na frente do rosto, fazendo uma chamada de vídeo sem fones de ouvido. Sua voz cortava o barulho como um alarme de carro.

Uma mulher com o celular em um aeroporto | Fonte: Pexels

Atrás dela, um cachorrinho branco e fofo estava agachado — bem no meio do terminal. Sua coleira de strass brilhava sob as luzes fortes do aeroporto.

Um senhor mais velho com um boné bege deu um passo à frente e disse gentilmente: “Com licença, senhorita? Seu cachorro…” Ele apontou para a sujeira que se formava no chão.

Um senhor idoso com barba | Fonte: Pexels

“Algumas pessoas são tão mal-educadas”, ela respondeu bruscamente, voltando a sua ligação. “Ugh, esse cara está me olhando como se eu tivesse assassinado alguém. Cuide da sua vida, vovô.”

Suspiros se espalharam pela multidão. Uma mãe perto de mim disse: “Oh meu Deus” e cobriu os olhos de seu filho pequeno como se fosse uma cena de crime.

Outra viajante levantou a voz. “Senhora! Você não vai limpar isso?”

Uma mulher com a testa franzida | Fonte: Pexels

A mulher não parou de andar. Ela jogou a mão para o alto e disse: “Eles têm gente para fazer isso”.

As pessoas ficaram paradas, incrédulas, como se estivessem tentando processar o que acabara de acontecer.

Mais tarde, eu a vi novamente na TSA. Ela empurrou as pessoas na fila e jogou sua bolsa na frente, como se fosse dona do lugar.

“Senhora, você precisa esperar sua vez”, disse o agente.

Um agente da TSA em um aeroporto | Fonte: Midjourney

“Eu tenho PreCheck”, ela respondeu bruscamente. “E meu cachorro fica ansioso.”

“Essa não é a fila do PreCheck”, disse o agente, apontando para o outro lado da sala.

“Bem, eu vou passar assim mesmo.”

Alguém atrás dela murmurou: “Inacreditável”.

Então veio a discussão sobre os sapatos.

Uma mulher franzindo a testa e levantando o dedo | Fonte: Pexels

“Não vou tirar”, disse ela.

“Você tem que tirar”, respondeu o funcionário da TSA.

“Eu sou amiga da TSA. São chinelos.”

“São botas, senhora.”

“Vou processar.”

Por fim, ela tirou os sapatos, resmungando o tempo todo. Seu cachorro latia para tudo: um bebê em um carrinho, um homem com uma bengala, uma mala com rodinhas. Sem parar.

Um pug latindo | Fonte: Pexels

No café, ela levantou a voz novamente. “Não, eu disse leite de amêndoa. Você é surdo?”

“Desculpe”, respondeu o barista. “No momento, só temos de aveia ou de soja.”

“Eu disse amêndoa!”

“Podemos reembolsá-la”, ofereceu outro funcionário.

Um barista servindo café | Fonte: Pexels

“Esqueça. Vocês são impossíveis”, ela respondeu bruscamente, pegando sua bebida e indo embora. Agora, sua música tocava alto nos alto-falantes do celular, ainda sem fones de ouvido. Ela não parecia se importar que todos pudessem ouvir sua playlist.

Finalmente cheguei ao portão 22, o voo para Roma. E, claro, lá estava ela novamente.

Um homem sentado em um aeroporto | Fonte: Pexels

Ainda no FaceTime. Ainda sem fones de ouvido. Ainda deixando seu cachorro latir para tudo que se movia. Ela tinha as pernas sobre uma cadeira, a bolsa em outra e o cachorro espalhado na terceira.

Um homem do outro lado dela murmurou: “Isso não pode ser verdade”. Uma jovem levantou-se e mudou-se para outra fila de assentos. Dois passageiros mais velhos cochichavam entre si: “Ela está mesmo no nosso voo?” Pareciam nervosos, como se esperassem que ela estivesse apenas de passagem.

Um homem irritado olhando para o lado | Fonte: Pexels

O cão ladrou para uma criança, que começou a chorar. Os pais pegaram a criança e foram embora sem dizer nada.

Ninguém se sentou perto dela. Ninguém disse nada. Exceto eu.

Fui até ela e sentei-me ao seu lado.

Ela olhou de soslaio para mim, com os olhos semicerrados, como se eu fosse mais um problema. Sorri. “Longa espera, não é?”

Uma mulher sentada em um aeroporto | Fonte: Pexels

Ela não respondeu. O cachorro latiu para o meu sapato.

“Que fofo”, eu disse.

“Ele não gosta de estranhos”, ela murmurou.

“Eu entendo”, eu disse. “Aeroportos trazem à tona o pior de todos nós.”

Ela voltou para a ligação. Eu me recostei na cadeira, olhando ao redor. As pessoas estavam nos observando. Observando ela. Observando eu.

Uma mulher ao telefone em um aeroporto | Fonte: Freepik

Elas pareciam cansadas. Esperançosas. Curiosas.

Eu fiquei em silêncio. Eu já sabia o que ia fazer.

Fiquei sentado em silêncio, com o caos zumbindo ao meu lado como ruído de fundo. Ela ainda gritava ao telefone, algo sobre uma pulseira perdida e como “eles teriam que enviar uma nova”.

Um homem sorridente em um aeroporto | Fonte: Midjourney

A voz dela arranhava meus ouvidos como um garfo sendo arrastado sobre um vidro. O cachorro agora mastigava um invólucro de canudo plástico que alguém havia deixado cair. Sem coleira. Sem preocupação.

Meus olhos se voltaram para um casal sentado perto da janela. O homem tinha uma bengala apoiada no colo e sua esposa segurava um cartão de embarque com as duas mãos, como se fosse um pássaro frágil.

Um casal de idosos em um aeroporto | Fonte: Midjourney

O cachorro latiu duas vezes para eles. Alto, agudo e repentino. Eles se assustaram. A mulher sussurrou algo e o homem assentiu. Eles se levantaram lentamente, pegaram suas coisas e se afastaram.

Foi isso. Exalei pelo nariz, quase sorrindo.

Essa mulher me lembrou alguém que eu atendia quando trabalhava como representante de atendimento ao cliente. Ela jogava as devoluções no balcão e sempre dizia “Faça o seu trabalho” como se fosse um palavrão.

Uma mulher em uma loja | Fonte: Pexels

O tipo de pessoa que passava pela vida como uma tempestade, esperando que os outros limpem a bagunça. Lembro-me de ficar ali, piscando, com as mãos atadas pela política da empresa, enquanto ela exigia falar com um gerente de quem eu nem gostava.

Minha mãe sempre dizia: “A única maneira de lidar com um valentão é sorrir e agir de forma mais inteligente do que ele”. Nunca esqueci isso.

Uma mulher conversando com seu filho | Fonte: Pexels

E eu estava cansada. Tinha sido um mês longo, uma semana ainda mais longa, e aquele portão — aquele momento — parecia o momento perfeito para ouvir minha mãe.

A mulher ao meu lado gritou novamente ao telefone. “Não! Diga a ele que não vou pagar por isso! Se ele quiser brigar, pode levar ao tribunal. Tenho capturas de tela!”

O cachorro pulou da cadeira e começou a latir novamente. Um latido agudo e constante.

Um pug olhando para a câmera | Fonte: Freepik

Uma agente do portão colocou a cabeça para fora para fazer um anúncio, viu a situação e silenciosamente voltou para dentro.

Eu me levantei.

Ela olhou para mim de soslaio, irritada. “O que foi agora?”

Eu sorri. “Só estou me alongando.”

Ela revirou os olhos e voltou para a ligação.

Uma mulher falando ao telefone em um aeroporto | Fonte: Freepik

Eu andei alguns metros, estiquei os braços e fui até a beira do portão, inclinando-me perto da janela. Esperei, apenas o tempo suficiente para ela pensar que eu tinha ido embora. Apenas o tempo suficiente para meu plano se concretizar.

Então voltei, sentei-me ao lado dela novamente e, casualmente, peguei meu celular.

“Voando para Paris por diversão?”, perguntei, como se fôssemos velhos amigos.

Um homem sorridente olhando para a câmera em um aeroporto | Fonte: Midjourney

Ela parou no meio da frase. “O quê?”

“Paris”, eu disse, acenando com a cabeça em direção ao portão. “Você está indo a trabalho ou a lazer?”

Ela zombou. “Estou indo para Roma.”

“Ah.” Olhei para o monitor do portão — que ainda dizia claramente “ROMA – NO HORÁRIO” em letras garrafais. Então toquei na tela como se tivesse recebido uma atualização. “Que estranho. Acabaram de enviar uma notificação dizendo que mudaram o voo para Roma para o portão 14B. Este portão agora é para Paris.”

Um monitor de portão de aeroporto | Fonte: Pexels

Ela franziu a testa. “O quê?”

“Sim”, eu disse, rolando meu celular como se estivesse verificando novamente. “Eles devem ter mudado no último minuto. É melhor você se apressar. O 14B é um pouco longe.”

Ela olhou para o monitor. Depois para mim. Depois de volta para o celular. Ela não questionou. Não confirmou. Apenas murmurou: “Inacreditável”, levantou-se e começou a jogar coisas em sua bolsa enorme. O cachorro latiu. Ela puxou a coleira — finalmente — e o arrastou atrás de si.

Uma mulher irritada revirando os olhos | Fonte: Pexels

Enquanto ela se afastava, sua voz ecoava atrás dela. “Aeroporto idiota. Ninguém sabe o que está fazendo.”

Ninguém a impediu. Nem o agente do portão. Nem os passageiros cansados. Todos apenas observaram enquanto ela desaparecia na multidão, deixando um rastro silencioso de palavrões e patas batendo no chão.

Uma mulher caminhando em um aeroporto | Fonte: Pexels

Recostei-me na cadeira. Silêncio. Nenhum latido. Nenhum guincho. Apenas o zumbido normal de um portão de aeroporto. A tela atrás de mim ainda dizia “ROMA – NO HORÁRIO”. E ela nunca voltou.

Um momento de silêncio se passou. Então, uma risada suave. Alguém atrás de mim soltou uma risada, que provocou outra. Logo, o som se espalhou pelo portão como uma onda suave. Não era alto, apenas caloroso — o tipo de risada que surge quando o alívio se instala.

Uma jovem rindo | Fonte: Pexels

Uma jovem me deu um sinal de positivo com o polegar. Um homem do outro lado do corredor tirou um chapéu invisível. A mãe com a criança, agora brincando tranquilamente com um caminhão de brinquedo, sorriu amplamente e disse “obrigada” sem emitir som.

De algum lugar perto da lanchonete, alguém bateu palmas. Uma vez. Fez uma pausa. Depois bateu palmas novamente. Alguns se juntaram, sem saber se deveriam, mas o momento não precisava de aplausos. Só precisava daquele reconhecimento silencioso de que algo havia mudado.

Um homem sorridente caminhando em um aeroporto | Fonte: Freepik

Uma menina perto da janela sussurrou “Yay” e abraçou seu ursinho de pelúcia com força. Seus pais pareciam menos tensos. Até mesmo a agente do portão, voltando para seu posto, parecia surpresa — e talvez um pouco grata.

Troquei olhares com algumas outras pessoas. Roma só tem um voo por dia saindo do JFK. Opa.

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Este trabalho é inspirado em eventos e pessoas reais, mas foi ficcionalizado para fins criativos. Nomes, personagens e detalhes foram alterados para proteger a privacidade e melhorar a narrativa. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, ou eventos reais é mera coincidência e não é intencional por parte do autor.

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